O ex-presidente FHC é quem ancora o filme tanto com depoimentos próprios como levando a câmera a lugares como Holanda, Suíça, EUA, Portugal e favelas do Rio de Janeiro. FHC defende a descriminalização das drogas. Para ele, a guerra contra o tráfico não pode ser vencida. A legislação brasileira está ultrapassada - o viciado deveria ser tratado não como um criminoso, mas como um doente que precisa de tratamento. E, ainda, o usuário deveria encontrar meios de conseguir a droga sem ter de buscá-la com um traficante.
Com a ajuda de animações, de imagens de arquivo de TV, "Quebrando o Tabu" se movimenta por meio de uma edição ágil e eficiente. O roteiro é muito bem amarrado: vai atrás de depoimentos de ex-políticos como Bill Clinton e Jimmy Carter (EUA), Ruth Dreifuss (Suíça), Ernesto Zedillo (México), de personalidades, ex-viciados e ex-presidiários.
FHC vai aos EUA e conversa com adolescentes em escolas. Vai à Holanda e visita os coffee shops de Amsterdã, onde é permitida a venda e o consumo de maconha. Vai a Portugal e ouve de autoridades que a descriminalização de drogas ocorrida ali colhe resultados mais positivos do que negativos. No Rio de Janeiro, conversa com moradores de favela e com gente de iniciativas como o AfroReggae.
Quebrando o Tabu nos torpedeia com dados e informações estatísticas sobre o tráfico e o consumo de drogas - dados e informações que corroboram a tese do documentário de que a descriminalização é a solução. Concorde-se ou não com essa tese, o documentário enriquece o debate.
Assista abaixo o documentário completo, reflita e deixe sua opnião: